O habito de amarmos a DOR!
Diario na Terra:
Nossas memórias além de experiências vividas, representam principalmente aquilo que mantemos mas não conseguimos nos desfazer, mesmo que o fato esteja nos causando dor.
Geralmente estas marcas estão relacionadas a experiências de dor, separação ou perda, mas não necessariamente traumáticas. Podemos carregar um comportamento aprendido na maneira como nos relacionarmos com os outros por causa do que vimos em nossa família de origem disfuncional ou podemos também repetir outros padrões ou crenças mantidos num nível transgeracional.
Mas o que importa é o fato de que dificilmente mantemos uma profunda cicatriz relacionada a algo prazeroso, muito menos são estas lembranças boas que nos guiam vida afora, sim chamamos as boas memórias de “lembranças” ...boas lembranças...
Como o céu desenha continuamente através de suas energias o movimento que precisamos, eis que estamos sendo brindados com um imenso mergulho de mais transformação. Que nao tenhamos a pretensão de achar que ha algo de pessoal nisso, porque o movimento e coletivo e abarca a todos nos! Se tivermos ciência desta supremacia e pertencimento compreenderemos mais facilmente que não depende de um país, ou de uma raça e muito menos de uma única pessoa fazer ou desfazer algo. Como eu disse, o movimento é coletivo e evolutivo! A nos compete deixar o ego e nossas idiossincrasias de lado, porque na maioria absoluta das vezes estão carregadas de ilusões, e são baseadas em avaliações parciais e não Universais.
Voltando ao encontro poderoso de Vênus & Plutão, que na mitologia nos fala de paixão, sexo e união, mas também deixa a mostra o outro lado, o lado oculto de nosso aprendizado humano: a dor, o rapto, a solidão e a sujeição, a perversão e a luta pelo poder.
Não é nenhuma novidade que estamos todos aqui aprendendo principalmente a respeito do Amor, em todas suas varias gramaturas e direções. As parcerias, os encontros, os relacionamentos representam e sempre serão o campo dos nossos maiores desafios e lições, sem dúvida alguma!
Portanto utilizar este pequeno caos coletivo que nos envolve e reavaliar a nossa vida afetiva, e não somente a financeira como temos feito, passa a ser o primeiro quesito para a libertação de uma nova maneira amarmos a nos mesmos e de estarmos com o outro. Como eu disse acima as atrações e paixões sinalizam polos de magnetismo onde expomos o nosso inconsciente para ser trabalhado e curado. Mesmo em relacionamentos onde não ocorreu esta insana expressão eruptiva de paixão e sexo, estarão da mesma maneira deixando a mostra seus padrões primários de relacionamentos que ambos possuem.
Não sabemos amar, ou não estaríamos vivendo por aqui, portanto seria producente olharmos para a extraordinária união entre Vênus e Plutão nos céus neste momento, pois trazemos em nossa maioria, o hábito de amarmos a dor e não o amor!
Este hábito vem revestido de muitos aspectos, e nao somente através das historias de abusos familiares. Eles vem revestidos de paixões avassaladoras, de necessidades sexuais, mas também aparecem encobertos como compaixão, se apresentam em armaduras reluzentes somo salvadores, e estão presentes em capítulos e mais capítulos de explicações racionais e teóricas que encobrem os medos e as dificuldades que temos de nos entregar e viver o amor, por nos mesmos e pelos outros.
Na dor permanecemos conectados com o lado “bonzinho” da humanidade, e ficamos amarrados na experiência que o outro está precisando e na necessidade que o outro tem...Além do aspecto moral envolvido ainda nos confrontaremos com a culpa, porque a dor sempre trás a culpa. Constatarmos que aprendemos a amar a dor trás uma grande libertação, é isso mesmo, amarmos a dor ou com dor é algo aprendido há muito tempo atrás, absorvido e repetido por diversas razoes que nem vem ao caso agora.... mas simplesmente compreender que a dor foi o único caminho conhecido em algum momento, e foi percorrido para se encontrar o tal amor....
Esta constatação nos engrandece, porque estarmos enredados em relacionamentos que nos empobrece, fisicamente, emocionalmente ou psicologicamente nos mutila, e todo relacionamento que não floresce, empobrece. Para abrirmos o coração nas basta vontade, é necessário coragem, coragem para olharmos ambos os lados de nossa carga afetiva, e isso não é nada fácil, além de ser extenuante, porque definitivamente é muito mais fácil vivermos sozinhos....
Tendo clareza desses mecanismos - nem sempre tão sutis de como estamos “amando” poderemos utilizar toda a potencia de nossa consciência pessoal, assim iniciaremos um novo caminho, diferente daquele que escolhemos em algum momento da nossa historia e por alguma outra razão.
No novo caminho não haverá culpa ou dor associados ao Amor, mas sim a expectativa poderosa e desconhecida de quem se dispõe a viver e aprender a amar sem dor, e a finalmente aprender a Amar o Amor ...
Luz para todos nos!
Cynthia France
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